Quanto à reprodução, a mesma é feita em ciclos, ou seja, possuem uma época propícia, que é a de chuvas, na qual costumam ficar mais resguardados. Cada fêmea pode depositar mais de uma ninhada durante o ano. As ninhadas variam de 2 a 6 ovos, sendo que a média é de 5 ovos por vez e a incubação pode chegar a 120 dias. Os ovos são elípticos, medindo cerca de 20 x 10 mm. Os filhotes nascem com cerca de 40 mm de comprimento e atingem a maturidade sexual perto dos 65 mm, ainda no primeiro ano de vida.
Hábitos:
De hábitos diurnos, ficam principalmente em árvores baixas, assim como em vegetação herbácea e gramíneas. É muito comum em áreas alteradas pela ação do homem, como roçados, quintais e jardins, podendo também serem vistos em terrenos arenosos, lugares com troncos, pequenos arbustos inclinados, entre cactos, no cerrado e em restingas. Ficam principalmente sobre rochas, cupinzeiros, troncos caídos e no chão. Sobe com facilidade em muros e árvores. Se abrigam em pequenas tocas, principalmente nas horas mais quentes do dia, e no período da noite.
Nos meses mais frios, procuram os horários mais quentes (das 10:00 às 14:00), mas nos meses mais quentes são mais ativos no início da manhã (das 8:00 às 10:00) e final da tarde (das 15:00 às 18:00). A temperatura corporal média é de 35,6ºC.
São territoriais e passam a maior parte do tempo parados em um ponto elevado de seu território. De lá vizualizam as presas, e se deslocam rapidamente para capturá-las. Quando ameaçados, ficam imóveis, tentando se confundir com o ambiente, ou então correm rapidamente para buracos ou fendas de rocha.
Possuem uma dieta bem variada, que inclui invertebrados, pequenos vertebrados e vegetais. No topo de sua dieta estão as formigas, depois abelhas, cupins, aranhas, flores e sementes. Animais maiores podem ingerir quantidades consideráveis de vegetais. É comum se ingerirem também vespas, aranhas, besouros e larvas de insetos.
Simbologia:
Em todo o Mediterrâneo, o calango é carinhosamente considerado como um velho amigo da família. Já para os gregos e os egípcios o calango representa a sabedoria divina e boa sorte. Em hieróglifos egípcios o calango é usado para representar o termo "abundante" ou "muitos".
Na mitologia romana o calango significa morte e ressurreição, devido ao hábito do calango dormir no inverno e voltar à plena atividade no verão.
Não só no Egito, mas também todo o continente africano, o calango aparece muitas vezes com significados da cultura popular. Por exemplo, as pessoas da tribo Dogon, da África Ocidental, esculpem calangos nas casas e nas portas de celeiros para invocar espíritos protetores, significando, dessa forma, segurança. Em Camarões o calango é um símbolo de fertilidade entre os Barnum, enquanto que para os Babanki, um calango representa casa tranquila.
Na ideologia cristã, o calango é usado para representar o termo "êxtase contemplativo", devido ao comportamento dos calangos de ficarem imóveis no sol por horas, em busca de aquecimento. Pelo mesmo motivo, São Gregório – O Grande, disse que o calango significa "a alma que humildemente busca a iluminação".
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